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quinta-feira, 18 de março de 2010

DESENCONTROS

Ontem foi o primeiro dia que começamos a colocar em prática o nosso TCC, ou pelo menos tentamos. Foi de fato um dia complicado. Nada estava ao nosso favor. Em primeiro lugar nos informaram um ônibus que não existia. Depois de muita espera, decidimos perguntar ao motorista se o ônibus com destino ao aeroporto passaria próximo ao local desejado. Ele mais que prontamente respondeu que sim. Entramos felizes e achando que chegaríamos ao nosso destino.

Ao chegar no local, de cara, achei um pouco estranho. O muro estava um tanto quanto baixo para ser uma unidade de recuperação de menores infratores, sem falar que o local era todo colorido e muito calmo. Um silêncio que nunca tinha visto. Entramos e fomos muito bem atendidas pela diretora do local. Foi nesse momento que descobrimos que estávamos no local errado. Deveríamos está na UNICI ( unidade de recuperação de jovens infratores de Cachoeiro de Itapemirim) e estavamos no Casa de Passagem ( local que abriga jovens e crianças que sofreram maus tratos dos pais). Ai começou o nosso desespero. Começamos a andar por um lugar deserto, cheio de mato e que a única coisa que passava era caminhão. Ponto de ônibus, nunca foi visto por ali. E para piorar estavamos atrassadas para o encontro com o diretor. Nossa como andamos e sem chegar a lugar algum. Foi quando desesperada liguei para o meu pai que foi me guiando até a loja de um cliente seu que nos levou de carro até a UNICI.

Ao chegarmos, nos deparamos com uma prisão de jovens. Era tudo gradiado, policiais, muita roupas penduradas e uma gritaria sem fim. Confesso que fiquie assustada. O local é precário demais. Com isso me pergunto se ali é possível recuperar aqueles jovens???? Tinha um garoto de 12 anos que parecia ter 7 ou 8. Seu crime??? Agressão a mãe causando traumatismo craniano. Condenado por lesão corporal grave. Por ele ter desnutrição e ser raquítico ele fica solto entre as pessoas, pois consegue passar entre as grades de proteção.

Conversando com o diretor, soubemos que para começar o trabalho é necessário uma liberação da juíza da vara da infância e juventude. Fomos ao fórum e esperamos para falar com ela que nos inforou que não podemos gravar os internos. Agora me diz, como fazer um documentário sobre esses jovens sem gravá-los???? Mais não iremos desistir tão fácil. Entraremos com um requerimento junto ao Ministério Público solicitando essas filmagens.

Esse trabalho ainda terá muitas histórias boas e ruins para serem contadas.

sexta-feira, 12 de março de 2010


...“sou dona de mim, da minha vida e do meu destino
sigo meu bom senso, minha razão, minha emoção e minha sede de ser livre
bom é viver assim, sem amarras, sem apego ao passado e
sem preocupação com questões que ainda não foram superadas,
pois o mundo ainda precisa evoluir muito, há muito o que
superar...
eu penso, reflito e analiso
sou um ser em constante mutação
sou “eu mesma”, mas não sou “sempre a mesma”
não sou normal, pois ser normal é chato
É repetitivo, e eu gosto de transformações
gosto de olhar por vários prismas e
mudar de opinião, de gosto, etc.
a mudança não é somente física,
mas também é abstrata e intrínseca
a beleza e juventude se vão
mas o conteúdo da alma permanece ...”

O tempo que não sentimos


Hoje ao acordar e me olhar no espelho levei um susto tão grande que pensei que você morrer... Nunca pensei que isso poderia acontecer. Ao analisar o meu cabelo, pude avistar um fio de cabelo BRANCO perdido entre os outros de cores corretas. Fiquei um bom tempo discutindo com o espelho, tentando entender por que aconteceu isso. Nossa foi difícil compreender que isso faz parte da nossa evolução. É um sinal que estou amadurecendo, adquirindo histórias e sabedoria para passar em frente. Confesso que não está sendo fácil perceber esse amadurecimento, sinto que existem tantas outras infinitas coisas para acontecer, mas estou aqui pronta esperando mais surpresas do tempo.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Muqui, simpatia e história


Localizada no sul do Espírito Santo, Muqui faz parte da Rota dos Vales e do Café. Rota esta, que tem como principal objetivo estimular o turismo dentro do próprio Estado e contar histórias como a influência da cultura do café na cidade.

Quem chega a pacata cidade com pouco mais de 13.000 habitantes se deslumbra com a riqueza herdade dos seus colonizadores que se reflete na arquitetura e nos afrescos que decoram as casas. O ar de interior se percebe pela primeira passagem pela rua principal. Os aposentados sentados na velha Estação Leopoldina é um retrato de uma vida tranqüila, sem preocupações de grandes metrópoles.

Andando pelas ruas, observando as pessoas e as casas, temos a impressão que Muqui parou no tempo e conservou o que de melhor a cidade tem para oferecer aos seus visitantes. Essa diversidade e riqueza arquitetônica são características do sítio histórico local que possui o maior número de imóveis tombados pelo Patrimônio Histórico Estadual. Os casarões de Muqui são um convite a parte.

A folia do Boi

Entre as comemorações culturais, duas ganham destaque. Com um dos carnavais de ruas mais interessantes e populares do Estado, o Boi Pintadinho é a atração principal e arrasta cerca de 20 blocos, cada um com o seu boi e com aproximadamente 200 integrantes. A festa percorre as ruas da cidade todas as noites de carnaval.

Além disso, quem visita a cidade pode aproveitar o tradicional Encontro de Folia de Reis que reúne grupos folclóricos de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O Encontro de Folias é o maior e mais antigo do Brasil. O evento que tem data móvel para acontecer, encanta a todos. É uma grande festa folclórica e religiosa, resgatando o que sobrou dos barões de café na simpática Muqui.